Telefone

(48) 3374-3144

Endereço

Av. Hilza Terezinha Pagani, 936 - Pagani, Palhoça - SC
Edifício Comercial Augusto Westphal - 2º Andar

Horário de Funcionamento

Segunda à sexta-feira
8:30-12:00h /13:30-18:00h

Os desafios da mulher empreendedora

Os desafios cotidianos da mulher no mercado de trabalho e no mundo dos negócios

Ao longo das últimas décadas, a sociedade enfrentou profundas transformações em suas estruturas de poder, sobretudo, em virtude da organização dos trabalhadores sindicalizados, do movimento negro pelo fim do apartheid social, da visibilidade e busca de oportunidades para a comunidade LGBTI+ e, principalmente, em decorrência da luta das mulheres por direitos e igualdade. Das manifestações pelo sufrágio feminino na Inglaterra e Estados Unidos, aos movimentos feministas que lutam pelo direito ao abordo nos países da América Latina, o que se vê é a conscientização das mulheres na busca por autonomia e liberdade. Historicamente, as mulheres precisam enfrentar não apenas a concorrência natural do mercado, mas uma estrutura social patriarcal, que privilegia o homem, que deslegitima e invisibiliza o discurso feminino e que, em virtude da dominação masculina, obriga as mulheres a exercer uma dupla função, trabalhando fora de casa e realizando as tarefas domésticas.

É contra toda essa estrutura, que as mulheres precisam lutar diariamente para conseguir seu espaço. A exclusão das mulheres da esfera pública, ou seja, de sua participação cidadã na política e no mercado, ocorre cotidianamente e é reproduzida inconscientemente inclusive por muitas mulheres, tamanha é a força do discurso que foi construído ao longo dos séculos pela dominação masculina. O resultado disso pode ser observado nos indicadores econômicos e sociais do Brasil:

  • Em 2018, o rendimento médio das mulheres com emprego foi 20,5% menor do que o dos homens;
  • As mulheres gastam 21,3 horas semanais nas atividades domésticas, contra apenas 10,9 horas dos homens;
  • Mesmo já sendo a maioria em alguns postos, apenas 41,8% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres;
  • Entre 2016 e 2018, 3.200 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil;
  • A cada dois minutos, uma mulher é vítima de violência doméstica no Brasil.

Estes indicadores demonstram o desafio enfrentado pelas mulheres no nosso país. Elas ainda são silenciadas nas reuniões de negócios; ainda são preteridas nas oportunidades de promoção quando concorrem com um homem; ainda são assediadas nos corredores das empresas; ainda precisam cuidar da casa e dos filhos, sem perder a disposição e produtividade no ambiente de trabalho; ainda precisam provar cotidianamente que são capazes de liderar equipes e buscar resultados competitivos para as organizações. Entretanto, muitos avanços sociais já foram conquistados pelas mulheres:

  • De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), até 2030, a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve crescer mais que a masculina;
  • Com mais anos de estudo e em maioria no ensino superior, elas se tornaram uma mão de obra mais qualificada que a masculina;
  • Em 1991 as mulheres superaram os homens no nível de escolaridade e esse indicador segue crescendo ano a ano;
  • Desde 2004 que as mulheres superam os homens em números de títulos de doutorado no país;
  • De acordo com o SEBRAE, o Brasil conta com cerca de 24 milhões de mulheres empreendedoras;
  • De acordo com o International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, o Brasil está na lista dos 10 países com mais mulheres em cargos de liderança. 93% das empresas afirmaram ter mulheres ocupando postos de destaque.

Ainda há muito que se avançar na luta por direitos e igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho e no mundo dos negócios. Oportunizar a inserção da mulher no mercado de trabalho e sua ascensão dentro das empresas só tende a trazer benefícios para ao país, afinal, quanto maior for a diversidade, mais visões diferentes a empresa terá, o que efetivamente contribui para a busca de soluções e a inovação. Estimular o empreendedorismo feminino contribui para construção de um mercado mais competitivo e dinâmico, o que, de modo geral, estimula as empresas a crescerem.

A Método Contabilidade ressalta que as mulheres possuem uma enorme sensibilidade, o que lhe permite desenvolver um feeling aguçado para a assertividade das negociações. As mulheres são focadas e tendem a buscar os resultados com muita determinação. As mulheres são resilientes e não desistem na primeira negativa ou no insucesso do primeiro negócio. As mulheres agregam valor às empresas e podem ser determinantes para a construção das marcas e das ações estratégicas da organização.

A luta das mulheres não deve ser menosprezada ou diminuída. As mulheres não estão lutando por privilégios, mas por igualdade. Uma igualdade que os dados do nosso país evidenciam não existir. As mulheres devem ser respeitadas e ouvidas, afinal, elas já conquistaram muito e cada vez mais serão uma fatia considerável do público consumidor. A independência das mulheres abalou as estruturas da sociedade patriarcal e quem não acompanhar essa transformação, tende a perder mercado e a desaparecer.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *