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Aumenta a participação de mulheres em cargos de chefia

Mulheres nos cargos de chefia: Brasil avança, mas ainda há muito que melhorar

Uma pesquisa realizada pela Grant Thornton aponta que, em 2019, 93% das empresas brasileiras possuíam alguma mulher em cargo de liderança, um crescimento significativo em relação ao ano anterior, quando apenas 61% afirmaram terem mulheres liderando equipes. O resultado demonstra o crescimento na percepção das empresas, sobre a importância da diversificação de gênero nas empresas, bem como a ampliação do espaço para as mulheres dentro das organizações. O Brasil ainda precisa avançar muito na equidade de gênero, principalmente na questão da equiparação salarial entre homens e mulheres que desempenham as mesmas funções.

O dado trazido pela 15ª edição da International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, é uma esperança para as mulheres brasileiras, que ainda enfrentam diversas dificuldades para empreender e ingressar no mercado de trabalho [LINK DO ARTIGO SOBRE OS DESAFIOS DA MULHER EMPREENDEDORA]. A dupla jornada (trabalho fora e nas atividades domésticas), que restringe o tempo das mulheres para se dedicar ao aperfeiçoamento profissional; a falta de oportunidades para mulheres em profissões ditas “masculinas”; o equivocado entendimento de que mulheres não possuem perfil de liderança; e os salários mais baixos que o dos homens, dificultando o acesso aos cursos de qualificação, são alguns dos fatores que contribuem para que elas ainda tenham menos oportunidades de crescimento dentro das empresas.

Parte do crescimento recente no número de mulheres em posição de liderança nas empresas brasileiras, se dá, principalmente, em virtude da inserção delas no mercado de trabalho e das empreendedoras, que, cientes de sua própria capacidade de gestão, oportunizam que outras mulheres possam ingressar e se desenvolver dentro dessas organizações. Todavia, o mercado e as empresas de modo geral ainda carecem de ações e políticas para a promoção da igualdade de oportunidades e desenvolvimento das mulheres. Nesse sentido, é necessário readequar os processos de recrutamento e seleção, ampliando a flexibilidade das empresas nas questões referentes à vida pessoal das mulheres, sobretudo das mães, bem como manter e promover talentos femininos, por vezes silenciados numa cultura social e organizacional que privilegia comportamentos masculinos.

É sempre importante destacar que, as empresas são peças importantes da estrutura social de um país. Sua cultura organizacional, por mais inclusiva e progressista que seja, muitas vezes ainda conflita com valores pessoais e comportamentos de uma força de trabalho que foi desenvolvida numa sociedade patriarcal, machista e por vezes misógina. Estar atento a estes comportamentos, implementar ações de conscientização e zelar pelo respeito e direitos das mulheres, é uma forma de garantir um ambiente saudável ao seu desenvolvimento pessoal.

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